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domingo, 31 de julho de 2016

DESMATAMENTO EM AFOGADOS, E AUMENTA O NÚMERO DE ÁREAS DESMATADAS EM PERNAMBUCO


Área desmatada nas proximidades do Bairro Costa em Afogados da Ingazeira.

Só nos últimos dois anos, a área desmatada subiu quase 105 hectares. Sobraram apenas 11,7% de mata original. É o que revelam os novos dados do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, divulgados, na quarta-feira (25), pela Fundação SOS Mata Atlântica e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Entre 2015/2016, 136 ha foram desmatados, o mesmo número em campos de futebol - 322% a mais que o registrado entre 2013/2014. Desde 2011, ano em que Pernambuco começou a ser monitorado, são 452 ha a menos.

Passira, no Agreste pernambucano, liderou o ranking (ver arte). Em seguida, vieram Belo Jardim e Timbaúba. A diretora-executiva da SOS Mata Atlântica, Marcia Hirota, avaliou os dados como preocupantes, uma vez que Pernambuco se apresentava entre os estados no nível do desmatamento zero. Ou seja, com menos de 100 hectares de desflorestamento. Agora, voltou a crescer. “Pernambuco precisa preservar o que ainda resta de áreas verdes nativas e aumentar as florestas, principalmente, em Áreas de Preservação Ambiental, de nascentes de rios e Unidades de Conservação”, observou.




Comparativo
Em relação a outros estados, como Paraná, Bahia, Piauí e Minas Gerais, cuja principal perda de florestas veio após o desastre na cidade de Mariana, Marcia Hirota fez uma ressalva: “Os números de Pernambuco perto desses estados chegam a ser pequenos. Só Minas Gerais, que vinha de dois anos de queda nos níveis de desmatamento, voltou a liderar o desmatamento no País, com decréscimo de mais de sete mil ha nos dois últimos anos”, comparou.

Ela ressaltou, entretanto, que essa comparação não invalida a preocupação que a gestão estadual deve ter em investir em políticas públicas voltadas à preservação. Segundo a SOS Mata Atlântica, Pernambuco já foi responsável por ter 17% de mata nativa da sua área total, que é de 9,8 milhões de hectares. Hoje restam apenas 197,4 mil hectares de áreas verdes ainda intocadas pelas mãos humanas.

Secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco, Sérgio Xavier assegurou que a gestão estadual vem fazendo a sua parte. Ele destacou o crescimento de 122% da área de proteção integral de mata no Estado, com a criação de novas Unidades de Conservação. “Podemos citar Bita e Utinga, em Suape, e Matas de Sirigi e Matas de Água Azul nos municípios de São Vicente Ferrer, Timbaúba, Vicência e Macaparana”, afirmou.



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